quinta-feira, 6 de maio de 2021

DANÇA INDÍGENA: Aspectos e principais danças

 Aspecto cultural


dança indígena tem o objetivo de realizar rituais que podem ser por várias razões, como: fazer homenagem às pessoas mortas, agradecer pela colheita, pesca, além de outros motivos. 

Dessa maneira, entende-se que a dança indígena possui intenções diferentes de outras danças porque é uma prática que abrange rituais e costumes. 

A singularidade da dança indígena 


dança é uma ato artístico que envolve a expressão corporal, realizada por diversos movimentos. Essa ação pode ser acompanhada por música de diferentes ritmos. Dançarinos usam esse artifício para, na maioria das vezes, executarem apresentações sejam em teatros, ruas, ou em outros lugares.

Ao tratar da dança indígena entende-se que ela possui uma singularidade comparada a outras danças brasileiras ou qualquer outro estilo. Os índios realizam esse ato com o objetivo de praticar um ritual. Os intuitos são os mais variados, como: espantar maus espíritos, expulsar doenças, agradecer a colheita, a caça, marcar mudança de fase do jovem para a idade adulta, dentre outros motivos. 


                        A dança indígena objetiva realizar rituais. (Foto: Agência Brasil)


A dança indígena é realizada tanto pelos homens, quanto pelas mulheres. É comum que eles utilizem adereços para praticar os rituais. Os mais conhecidos são: amuletos, símbolos, instrumentos musicais, além de outros itens. A depender do objetivo do ritual, as peças podem variar. 

As danças mais conhecidas


Existem diversas danças praticadas pelos indígenas no Brasil. No entanto, algumas tornaram-se mais conhecidas. Duas delas são: toré e o Kuarup.

Kuarup

No Brasil, uma das danças mais conhecidas e praticadas pelos índios é o Kuarup. Ele foi é um ritual celebrado pelos indígenas do Alto do Xingu, com a finalidade de fazer homenagens às pessoas mortas. Essa prática é fundamentada a partir da imagem de um deus chamado de Mawutzinin

O Kuarup, em resumo, é uma dança que tem a finalidade de trazer aqueles que morreram à vida. No começo da celebração, os índios recebem com danças outros indígenas de outras aldeias. Após isso, eles cortam um troco chamado de Kuarup e nele são feitas decorações específicas. 

Obs.: a dança indígena Kuarup tem vários estágios. Mas o final é marcado pela ação dos índios laçarem o tronco às águas. 

Toré

Não apenas o Kuarup, mas o toré também é visto como um dos rituais mais conhecidos. Essa dança está associada a união entre os índios da região nordeste do país e a cultura de diversos povos indígenas. A tabela abaixo apresenta nomes e os locais em que habitam.

Povos indígenas

Região

Xukuru-kariri

Localizados em Palmeira dos Índios, no estado de Alagoas.

Pankararú

Situados nos municípios de Tacaratu e Petrolândia que ficam no estado de Pernambuco. Também estão na cidade de Bom Jesus da Lapa, no estado da Bahia.

Pankararé

Índios localizados em Nova Glória e Glória, ambos no estado da Bahia.

Kariri-xocó

Centralizados no Porto Real do Colégio, no estado de Alagoas.

Tuxá

Povo indígena situado no município de Ibotirama e de Rodelas, os dois estão no estado da Bahia.

Geripancó

Índios da região do estado de Alagoas.

Kiriri

Grupo que habita nos limites dos municípios de Ribeira do Pombal, Quijingue e Banzaê, na Bahia.

Kantaruré

Índios que habitam no município de Glória, no estado da Bahia.

Pataxó

Extremo sul do estado da Bahia e ao norte de Minas Gerais;

Tumbalalá

Estado da Bahia, entre as terras dos municípios de Abaré e Curaçá.

Tupinambá

Grupo indígena localizado na Bahia.

Wassu Cocal

Distribuídos geograficamente no estado de Alagoas.

Pataxó Hã-hã-hãe

Indígenas localizados na região fazenda Baiana e Terra indígena Caramuru-Paraguaçu, no sudeste do estado da Bahia.


Danças folclóricas


folclore brasileiro reúne várias danças que são de origem indígena. São exemplos: cateretê, caiapós, cururu e jacundá.

Cateretê

Cateretê é uma dança do folclore brasileiro que teve origem da dança indígena. Nesse estilo, as performances são realizadas a partir da formação de duas filas, uma só de homens e a outra de mulheres. Ao som de palmas e bate-pés os dançarinos realizam a apresentação. O  cateretê é muito conhecido nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. 

Caiapós

A dança caiapós, por sua vez, é formada a partir de duas figuras centrais: O curumim (menino em tupi guarani) e o cacique. Na dança, o menino interpreta que está sendo perseguido por um homem branco e morre. Os demais dançarinos ficam em torno dele. A partir de então entra a figura do cacique que dança ao redor do difundo até ressuscitá-lo. 

Cururu

O cururu é outra dança de origem indígena e a performance abrange a participação exclusiva de homens. Os dançarinos formam duas filas indianas. A máxima da apresentação ocorre no momento em que chega o Divino e quando o cururueiro canta e faz saudações por conta da chegada dele. Esse estilo é típico das regiões do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas teve origem em São Paulo.

Jacundá

Já o estilo jacundá é uma dança do folclore brasileiro que é formada a partir da dança de roda. Para iniciar apresentação, as pessoas criam um círculo e dois dançarinos ficam no meio. A dupla ao mesmo tempo que dança no centro da roda, tenta sair dele. 

As pessoas que formam a roda não podem deixar a dupla sair. Mas, caso ocorra, quem permitiu deve entrar na roda e dançar no lugar.

Mais dança indígena


Existem várias danças indígenas que os índios brasileiros executam. Uma delas é a Atiaru.

Dança Atiaru

A Atiaru é uma dança indígena bastante conhecida. Ela é realizada a partir do entardecer e é composta por homens e mulheres. Dois índios iniciam a dança. Eles normalmente utilizam adereços, como: chocalhos nos tornozelos e cocares com penas, além de carregam em uma das mãos a flauta yapuru. Durante a dança, com o som de chocalhos, o índio coloca uma das mãos sobre o ombro do outro e desenvolve passos para a direita e esquerda. 

Outro dois índios participam da dança, onde ficam sentados ao lado da cabana comunitária denominada de “maloca”. Os dois primeiros índios saem em direção a maloca acompanhados cada um, por uma índia. Elas, por sua vez, seguem com uma das mãos colocadas no ombro do parceiro. Os demais que participam dessa dança indígena executam o mesmo do ritual.


Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/danca-indigena

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