segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Folclore Brasileiro

 O folclore constitui-se dos elementos que fazem parte da cultura popular e tem como símbolos as festas, danças, ritmos, jogos, lendas e crendices tradicionais.

Por folclore entendemos as manifestações da cultura popular que caracterizam a identidade social de um povo. O folclore pode ser manifestado tanto de forma coletiva quanto individual e reproduz os costumes e tradições de um povo transmitidos de geração para geração. Sendo assim, todos os elementos que são parte da cultura popular e que estão enraizados na tradição desse povo são parte do folclore.

As manifestações do folclore dão-se por meio de mitoslendascançõesdançasartesanatosfestas popularesbrincadeirasjogos etc. O folclore é parte integrante da cultura de um povo e, por isso, é considerado pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a realização de esforços para a sua preservação.

Origem do termo

A palavra folclore tem origem no inglês e é oriunda do termo folklore. Esse termo, por sua vez, foi originário da expressão folk-lore, criada por um escritor chamado William John Thoms, em 1846. Em 22 de agosto de 1846, uma carta de Thoms enviada à revista The Atheneum foi publicada.

O termo de Thoms baseava-se em duas palavras:

  • Folk, que significa povo;

  • Lore, que significa conhecimentosaber.

Assim, a junção das duas palavras, conforme o próprio Thoms, significa saber tradicional de um povo. A palavra proposta de Thoms não foi adotada logo de imediato e só se popularizou quando surgiu a Sociedade do Folclore em Londres, no final do século XIX.

História do folclore

folclore enquanto área de estudo começou a consolidar-se a partir do século XVIII, mas se firmou de fato somente no final do século XIX, quando instituições voltadas para estudos nessa área começaram a surgir na Europa e nos Estados Unidos. Seus especialistas consideram que os grandes pioneiros do estudo do folclore são Johann Gottfried von Herder e os irmãos Grimm.

Na medida em que o interesse pelo assunto disseminou-se, começaram a surgir sociedades voltadas para o estudo do folclore, sendo a citada Sociedade do Folclore (Folklore Society), fundada em 1878, a primeira delas. Essa determinou que dentro do folclore poderia incluir-se:

  1. Narrativas tradicionais: contos, mitos e lendas populares;

  2. Costumes tradicionais: costumes como as festas populares;

  3. Crenças e superstições: saberes relacionados à magia, bruxaria etc;

  4. Linguagem popular: dialetos falados e os jargões populares.

Por meio dessa sociedade londrina, o interesse no estudo do folclore espalhou-se, alcançou outros países da Europa, os Estados Unidos e, por fim, chegou ao Brasil. Claro que, ao longo desse processo, e na medida em que os estudos na área avançavam, novas definições surgiram e avanços sensíveis aconteceram.

Aqui no Brasil, alguns nomes, como Luís Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Florestan Fernandes, destacaram-se no estudo do folclore. O primeiro congresso realizado no Brasil sobre folclore deu-se somente em 1951, sendo realizado no Rio de Janeiro. Um dos debates mais importantes que ocorreram nesse evento foi sobre as características para definir-se o que é folclore, algo que até hoje gera muita discussão entre os especialistas.

Características do folclore

As características do que pode ser definido ou não como folclore foram arduamente debatidas por intelectuais europeus e americanos. Esse debate, no entanto, não se encerrou, e aqui no Brasil diversos elementos do que se caracteriza como folclore ou são rebatidos ou são relativizados. Sendo assim, percebe-se que não existe um consenso entre os especialistas, e as características levantadas aqui não são unânimes.

Algumas das características do folclore são:

  • Origem anônima: Muitos definiram que um elemento para ser considerado folclórico tem de ter origem anônima, mas essa característica tem sido bastante questionada pelos estudiosos;

  • Transmissão oral: O saber que faz parte do folclore de um povo tem de ser transmitido oralmente;

  • Popularização coletiva: Tem que se popularizar na cultura de um povo;

  • Surgimento espontâneo: Os elementos da cultura que formam o folclore surgem de maneira espontânea.

Personagens do folclore

    O cavaleiro sem cabeça é um personagem que surgiu na Europa e é famoso no folclore dos Estados Unidos.

O folclore naturalmente não é um elemento presente em lugares específicos, mas é algo manifestado por todas as culturas, pois todas elas têm o seu conjunto de crendices, mitos, tradições e personagens que compõem seu saber popular. Sendo assim, separamos esse espaço para citar alguns personagens que são parte do folclore de outras culturas que não a brasileira.

  • Cavaleiro sem cabeça: lenda tradicional que surgiu na Europa medieval e que chegou aos Estados Unidos, onde se popularizou. A lenda fala de um cavaleiro decapitado que vaga à procura de sua cabeça.

  • Gashadokuro: figura sobrenatural do folclore japonês. Na lenda japonesa, é um esqueleto gigante, formado dos ossos daqueles que morreram de fome, que vaga pelos campos do Japão à procura de viajantes para alimentar-se deles.

  • Chorona: personagem presente no folclore mexicano, que fala de uma mulher aos prantos e que ficava às margens de rios e lagos. Aqueles que ousavam aproximar-se dela morriam ou sofriam com outras consequências.

                                        O saci-pererê é um dos personagens mais famosos do folclore brasileiro

O Brasil, naturalmente, possui o seu conjunto de elementos que formam o folclore brasileiro. É um consenso entre os estudiosos do assunto que danças, festas, lendas, jogos e personagens que compõem o folclore do Brasil são de origem europeia, portuguesa sobretudo, e também indígena e africana. Sendo assim, houve uma fusão de elementos de diferentes culturas. Alguns personagens do folclore brasileiro são o saci-pererê, a iara, o boto, o curupira, entre outros.


quarta-feira, 5 de agosto de 2020

PETECA

        A peteca é um brinquedo criado pelos índios brasileiros. No entanto, acabou evoluindo na forma e nas regras até se tornar um esporte. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, viram nossos indígenas brincando com uma trouxinha de folhas com pedras dentro, amarrada com espiga de milho, e penas coloridas em cima. Aos poucos, os colonizadores incorporaram a peteca ao seu próprio cotidiano e, assim, a brincadeira — para crianças e adultos — foi passando de geração a geração até os dias de hoje.
        A folha que amarrava as pedrinhas acabou sendo substituída por pano, depois por couro. Em vez de pedrinhas, o conteúdo passou a ser de algodão e, depois, de espuma, além de penas coloridas. 
        Nos Jogos Olímpicos de 1920, que aconteceram em Antuérpia, na Bélgica, jogadores brasileiros, na hora da folga, jogavam peteca. Pessoas de outros países ficaram extremamente curiosas e quiseram conhecer as regras da brincadeira. Só que não havia regras ainda. Cerca de vinte anos depois, foram criadas, tornando a peteca um esporte. 
      Somente em 1985 é que a peteca foi reconhecida oficialmente como esporte no Brasil, pelo Conselho Nacional de Desportos. A Alemanha é um dos países em que jogos de peteca são mais do que recreação. Por lá, existe até uma Federação Internacional de Indiaca, como eles chamam a peteca. O brinquedo chegou ao país por meio do professor de esportes alemão Karlhans Krohn. Em 1936, ele passeava na orla de Copacabana e viu a garotada jogando peteca na praia. Ficou tão encantado que voltou para Alemanha com a peteca na mala e introduziu o jogo no seu país.


Equipamentos, quadra e regras 

         Nos jogos oficiais, a peteca só pode ter penas brancas (quatro) e uma base de camadas sobrepostas de borracha, com diâmetro de 5 a 5,2 centímetros. A altura da peteca deve ser de 20 centímetros. O peso, entre 40 e 42 gramas. 
        A peteca é jogada em quadras de 15 metros de comprimento por 7,5 metros de largura. Há uma rede, como a do vôlei, e a peteca tem que ser jogada de um lado da quadra para o outro por cima da rede. Há um banco de reservas, pois, quando o jogo é de equipe (dois de cada lado), um terceiro jogador fica sentado com o técnico e pode entrar na quadra como substituto ao longo de cada set (4 substituições). Os jogos têm três sets, cada um com 20 minutos de peteca em jogo ou 12 pontos. A cada 10 minutos, ou 6 pontos, é feito o revezamento de quadra. A equipe que dá o saque tem até trinta segundos para conquistar um ponto. Se não conseguir, o árbitro interrompe o jogo e reverte o saque para a outra equipe. Se ao final dos 20 minutos de um set o jogo estiver empatado, o direito de saque será dado à equipe que fez o último ponto.

BADMINTON

Badminton é um esporte dinâmico praticado entre dois ou quatro jogadores. Ainda que seja semelhante ao tênis, que usa raquetes e está dividido por uma rede, ele possui suas peculiaridades.
Ao invés de uma bola, ele é jogado com uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie. Ao contrário do que se possa imaginar, ela atinge velocidade superior a de uma bola de tênis, podendo chegar até 300 km/h.
Essa modalidade exige um grande treinamento físico por parte dos atletas e envolve agilidade, coordenação e reflexo. Ela é praticada por homens, mulheres e crianças, sendo considerado o esporte de raquete mais rápido do mundo.

Partida de Badminton

O badminton foi criado no século XIX na Inglaterra, inspirado num jogo que era praticado na Índia chamado de Poona. No entanto, um jogo semelhante já era praticado na Grécia Antiga: Tamborete e Peteca. O nome desse esporte está relacionado com a Badminton House, local que supostamente foi jogado pela primeira vez. A Badminton House era propriedade do Duque de Beaufort's.
Fachada da Badminton House

Sua popularidade foi crescendo com o passar do tempo. Da Inglaterra ele foi levado para outros países da Europa, Ásia e América.
Entretanto, no Brasil, o Badminton ainda não é um jogo muito popular, embora essa modalidade venha crescendo a cada ano.
Sua consolidação se deu com a fundação da "Federação Internacional de Badminton", em 1934. Atualmente o nome desse órgão é Federação Mundial de Badminton (BWF) e sua sede está localizada na cidade de Gloucestershire, na Inglaterra.
Essa entidade é responsável por organizar eventos desse esporte, com destaque para o "Campeonato Mundial de Badminton". Hoje, mais de 130 países são membros da Federação. Alguns países que dominam esse esporte são: China, Indonésia, Coréia e Malásia, todos no continente asiático.
Somente no início da década de 90 que o badminton foi incluso nas modalidades olímpicas. Sua estréia aconteceu nas Olimpíadas de Barcelona em 1992.
No Brasil, a primeira partida oficial de Badminton foi realizada em São Paulo no início da década de 80. Em 1993 foi criada a "Confederação Brasileira de Badminton", responsável por organizar eventos desse esporte no Brasil. Sem dúvida, esse momento foi crucial para o aumento da prática do badminton no território nacional.

Fundamentos

O badminton está baseado em movimentos de saque e defesa. A quadra de badminton é dividida por uma rede que está cerca de 1,55 metros do solo.
Uma partida de badminton possui três sets de 21 pontos cada. Vence o jogo quem fizer dois sets primeiro.
Jogado com raquete e peteca, ganha ponto quem deixar a peteca tocar no espaço adversário. Portanto, o importante é não deixar a peteca tocar no chão.
Geralmente a peteca é feita com penas de ganso e pesa entre pesando entre 4 a 5 gramas. Entretanto, ela pode ser feita de nylon.
Já a raquete de Badminton pesa cerca de 100 gramas. Ainda que sejam leves, elas são feitas de material muito resistente.
Raquete e peteca de badminton

Regras: Como se joga?
Jogadores
O Badminton pode ser praticado entre 2 jogadores adversários (modalidade simples) ou entre 4 jogadores (modalidade duplas), sendo 2 de cada equipe. No início, o juiz lança uma moeda no ar e por meio da cara ou coroa ele indica qual time irá começar.
Com o saque inicial o jogo se desenvolve com diversos movimentos de ataque e defesa. É importante que a peteca não ultrapasse as linhas da quadra. O primeiro set termina com 21 pontos. Entre ele, o segundo e o terceiro set há um intervalo.
No jogo de badminton, é considerado falta se o jogador enconstar na rede, a peteca enconstar no corpo ou ocorrer invasão do espaço adversário. Não é permitido dar dois toques consecutivos na peteca no mesmo lado da quadra.

Quadra
Representação da quadra de badminton

O badminton pode ser jogado numa quadra fechada ou mesmo num campo. Em ambos os casos, o local de prática é retangular sendo suas medidas aproximadamente 13 metros de comprimento por 6 de largura. Note que as dimensões da quadra variam de acordo com o número de jogadores.