quinta-feira, 11 de março de 2021

Jogos Olímpicos - breve histórico

 Um evento grandioso, realizado a cada quatro anos desde sua criação, os Jogos Olímpicos simbolizam a unificação de diferentes raças, cores e etnias. Todos os povos unidos pela paixão ao esporte, este é o significado da bandeira símbolo dos jogos, criada pelo francês Pierre de Frédy, composta por cinco arcos entrelaçados, cada qual representando um continente.

Segundo a mitologia Grega, os Jogos Olímpicos surgiram na Grécia Antiga aproximadamente no ano de 2500 a.C., em homenagem à Zeus, através de seu filho Hércules, que plantou as folhas usadas na fabricação da coroa utilizadas pelos vencedores. Mas os primeiros registros encontrados sobre os jogos são de 776 a.C., onde atletas de diferentes cidades-estados da Grécia deixavam seus conflitos de lado, para a participarem das disputas.

Após um grande temporal arrasar com a sede dos jogos, a única prova que se concretizou no ano de 776 a.C, foi a corrida. O cozinheiro Coroebus de Elis concluiu a distância de 192,27 metros e foi o primeiro atleta a vencer em Olímpia, cidade que originou o nome da competição.

A partir de então, ficou acertado que as Olimpíadas aconteceriam durante os meses de Julho e Agosto, no período de cinco dias. Com o passar dos anos, aumentou-se o número de modalidades esportivas, chegando a dez no século V a.C.

Os nomes dos esportes praticados na época eram bem peculiares, porém em sua execução, alguns são muito similares dos atuais. O primeiro deles é drómos, a corrida. O atleta chegava a percorrer uma distância de 190 metros, vestido com armaduras. A corrida das bigas consistia em um carro puxado por dois cavalos, que também poderiam ser quatro, conhecida como quadrigas. Muito parecido ao nosso pentatlo, o péntathon era a junção de cinco modalidades: salto, corrida, arremesso de disco, lançamento de dardo e luta. Nesses confrontos diretos existiam a palé, semelhante a luta greco-romana, o pýgme, equivalente ao boxe e o mais cruel dentre os outros, o pancrácio, uma junção das duas modalidades de luta, onde era permitido cotoveladas, cabeçadas até mesmo torções.

Participavam das competições cidadãos gregos livres, que não haviam cometido nenhum tipo de crime. As mulheres eram impedidas até mesmo de assistirem aos jogos, exceto as sacerdotisas de Dêmetra. Todavia criaram uma competição própria para elas, realizada anteriormente a dos homens na mesma cidade sede, era conhecida como Heraea, nome dado em homenagem a esposa de Zeus, Hera.

As Olimpíadas foram interrompidas após os romanos invadirem a Grécia no século II. O imperador Teodósio I baniu tradições gregas e proibiu venerações aos deuses. Com isso em 393 d.C. ocorreu a última versão dos jogos na Era Antiga com 293 edições.

Somente depois de muitos séculos o historiador e pedagogo francês Pierre de Frédy, que ficou conhecido como Barão de Coubertin, resgatou a memória dos jogos. Em um primeiro momento, no ano de 1892, o aristocrata expôs um projeto ressuscitando as Olimpíadas, algo que não fez muito sucesso. No entanto, dois anos mais tarde, nas dependências da universidade Sorbonne, em Paris, com representantes de 13 países, os gregos afirmaram um acordo em que sediariam em Atenas o retorno dos Jogos Olímpicos.

Cobertin não só fez ressurgir as tradições gregas, como o ritual de acender a tocha olímpica, mas o espírito esportivo. Iniciou-se as Olimpíadas da Era Moderna, no ano de 1896, com a participação de 13 países, com modalidades de atletismo, luta livre, esgrimahalterofilismociclismoginásticatênis e natação. Apesar do evento sofrer interrupções durante as duas grandes guerras mundias, os Jogos Olímpicos continuam a ser o evento de maior importância no mundo dos esportes.


Referências Bibliográficas:
http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/olimpiadas/uma-disputa-milenar
http://www.dicionariodesimbolos.com.br/simbolo-olimpiadas/

Fonte: https://www.infoescola.com/esportes/jogos-olimpicos-olimpiadas/

domingo, 7 de março de 2021

Mulheres no esporte: Mulheres que mudaram e mudam a história do esporte brasileiro

Com legados marcados no esporte mundial, atletas brasileiras quebraram barreiras e mudaram a história.

O Dia Internacional da Mulher é para recordar as lutas travadas na busca por igualdade. No esporte brasileiro, mulheres escrevem suas histórias e deixam seu legado.

O esporte, que tem o poder de incluir e mudar vidas, nem sempre foi espaço aberto para todos, mas foi por conta de mulheres como as citadas abaixo que muitas barreiras foram quebradas e a busca por maior representatividade feminina segue ativa até hoje.

Em celebração a esta data, o SportBuzz separou uma lista de algumas atletas que mudaram a história do esporte no Brasil. Hoje, seguem inspirando e sendo referência para mulheres e meninas que sonham em escrever seus nomes no mundo.

AÍDA DOS SANTOS

Ícone do atletismo nacional, Aída dos Santos foi a única mulher a integrar a delegação brasileira que participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, e competiu sem sequer ter um técnico a acompanhando. Na disputa, ela ficou na quarta posição do salto em altura.

A quarta posição foi o melhor resultado de uma atleta brasileira em Olimpíadas, dentre todas as modalidades, até as primeiras medalhas conquistadas pelas mulheres brasileiras, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.

Aída competiu sem uniforme (precisou adaptar um traje de outra competição), sem sapatilhas e sem técnico, mas bateu o recorde nacional na decisão, com um dos pés lesionados.  

Nascida no Rio de Janeiro, em 1937, Aída dos Santos foi campeã estadual, brasileira, sul-americana e pan-americana de salto em altura. Depois de se aposentar, se dedicou a um projeto de inclusão social através do esporte.

MARIA ESTHER BUENO

A principal tenista da história do Brasil conquistou inúmeros títulos internacionais. Em 1959, Maria Esther Bueno desafiou a lógica e foi campeã na grama sagrada de Wimbledon, aos 19 anos, e se tornou a melhor tenista do mundo.

Imparável, a brasileira conquistou 89 títulos no total, sendo 19 somente de Grand Slams (os torneios mais importantes do esporte.

Maria Esther Bueno marcou seu nome no esporte. Em 1964, chegou ao Guinness Book, o livro dos recordes, ao vencer a norte-americana Carole Caldwell Graebner, em partida que durou apenas 19 minutos. No ano seguinte, entrou para o Hall da Fama do Tênis.

Nascida em 1939, em São Paulo, a ex-tenista morreu em 2018, aos 78 anos, vítima de um câncer.

DAIANE DOS SANTOS

Uma das maiores esportistas da história do país, Daiane dos Santos encantou o mundo ao som de “Brasileirinho” nos solos da ginástica artística. Ela foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro no Mundial de Anahein, na Califórnia, em 2003.

Nascida em Porto Alegre, em 1983, Daiane ainda conquistou duas medalhas de prata e três de bronze em suas apresentações em solo, salto em equipe em Jogos Pan-Americanos.  

Outro ícone do esporte nacional, Daiane dos Santos ficou conhecida por ter um movimento da ginástica em seu nome: o Dos Santos, duplo twist carpado.

HORTÊNCIA

Considerada uma das maiores atletas femininas do basquete, Hortência Marcari foi a primeira brasileira a entrar para o Hall da Fama do Basquete Feminino, em 2002, e no Hall da Fama do Basquete Internacional, em 2005, ao lado de nomes como Michael JordanLarry Bird e Magic Johnson.

A ex-jogadora disputou cinco campeonatos mundiais pelo Brasil e integrou a histórica seleção que conquistou a medalha de ouro no Mundial de 1994, na Austrália. Além disso, ainda ficou com a prata dos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta. Nos Jogos Pan-Americanos foi medalhista de ouro (Havana 1991), prata (Indianápolis 1987) e bronze (Caracas 1983).

Hortência nasceu em 1959, em Potirendaba, interior de São Paulo. Ela se tornou a maior pontuadora da história da Seleção Brasileira, com 3.160 pontos marcados em 127 partidas oficiais, uma média de 24.9 pontos por partida.

MARTA

Representante do futebol na lista, Marta é a maior vencedora do prêmio de melhor do mundo. A Rainha foi eleita seis vezes na maior honraria individual do esporte: 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018. Até a conquista de Lionel Messi, em 2019, a brasileira era a maior campeã entre homens e mulheres.

Marta nasceu em Dois Riachos, Alagoas. Hoje no Orlando Pride, dos Estados Unidos, a camisa 10 da Seleção Brasileira é a maior artilheira da história de Copas do Mundo. Em 2019, a Rainha tem 17 gols no Mundial e é a maior goleadora entre homens e mulheres.


MAURREN MAGGI

Maurren Maggi foi a primeira brasileira a se tornar a medalhista de ouro nas Olimpíadas (Pequim, em 2008) em provas individuais. A conquista se deve ao fato de Maurren ter saltado impressionantes 7.04m, ultrapassando 1 cm a mais a marca da russa, até então campeã, Tatyana Lebedeva.

Maurren Maggi ainda conquistou quatro medalhas nas competições Pan-Americanas, sendo uma prata, nos 100 metros com barreiras (Winning, em 1999) e três ouros nos saltos em distância, consecutivamente em Winning, 1999, Rio de Janeiro, 2007 e Guadalajara, em 2011. Ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Maurren se tornou um dos principais nomes da história do atletismo feminino do Brasil.

Sua carreira é repleta de conquistas notáveis, como o recorde da prova sul-americana dos 100 metros com barreiras, realizada em 2001. Além do recorde em salto triplo, também na competição sul-americana, em 2003. Maurren também foi a número 1 do ranking mundial em salto em distância feminino por duas vezes. Uma ocorreu em 1994 e, a outra, em 2003, sendo considerada a nona melhor atleta da história no esporte.

Ela também recebeu o prêmio de Atleta do Ano por duas vezes, concedido pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Hoje, aposentada, Maurren Maggi é comentarista profissional de atletismo na televisão.

LUISA DE BAPTISTA — TRIATHLON

Indicada pela Comitê Olímpico do Brasil (COB) como a melhor atleta de Triathlon em 2019. Aos 25 anos de idade, Luísa de Baptista é também a vencedora da categoria Melhor Atleta do Ano por Modalidade, em Triathlon.


Luiza teve inúmeras participações em provas em diversos países, no decorrer de 2019, e foi consagrada ao receber as medalhas de ouro nas provas Mixed Team Relay e na categoria individual, além dos jogos Pan-Americanos, no Peru. Luisa competiu também, ainda em 2019, na WC Cape Town, entre muitas outras competições importantes em seu esporte, como os Jogos Mundiais Militares.


Hoje, aos 25 anos de idade, Luísa integra a Seleção Brasileira de Triathlon, depois de muita dedicação e trabalho desenvolvido desde sua época no SESI-SP. No momento, ela se prepara para competir nas Olimpíadas de Tóquio 2020.


BEATRIZ FERREIRA — BOXE


Mais conhecida como Bia Ferreira, a baiana que compete na categoria de até 60 quilos nasceu no meio do boxe e aprendeu tudo o que sabe com seu pai, também pugilista. Sua experiência é notável já que, aos 26 anos de idade, Bia conquistou 24 medalhas das últimas 25 competições que participou, dentre elas a medalha de ouro no Campeonato Mundial.


Bia é uma das representantes das mulheres no esporte atualmente, mas seu caminho foi trilhado com muita dificuldade. Embora o boxe tenha sido considerado um esporte majoritariamente masculino, por muitos anos, ela afirma que não sofreu preconceitos.


Seus resultados indicam que ela é uma das maiores esperanças do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Até o atual momento, ela está na 10ª posição do ranking mundial, enquanto treina para disputar os classificatórios para os jogos olímpicos (que foram prorrogados para Julho de 2021).


BRUNA TAKAHASHI — TÊNIS DE MESA

Pela primeira vez na história do tênis de mesa nacional feminino, o Brasil tem uma representante que se encontra entre as top 50 do ranking mundial. Aos 19 anos de idade, Bruna Takahashi alcançou a 49ª colocação, em 2019.


Além disso, na mesma temporada, Bruna foi finalista no Campeonato Pan-Americano em Assunção e conquistou a medalha de bronze, nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Desta forma, garantiu a soma de 2.545 pontos, dos 5.430 que soma até o momento.


Bruna Yumi Takahashi começou desde muito cedo no clube japonês ACREPA, localizado em São Bernardo do Campo, no bairro Paulicéia. Foi com a ex-atleta olímpica Monica Doti, outra forte representante das mulheres no esporte, que Bruna iniciou o seu treinamento, ainda no ACREPA. Um tempo depois disso, em São Caetano do Sul (clube no qual atua até hoje), ela começou a se dedicar a treinar mais vezes por semana.


Em 2016, Bruna representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão na competição por equipes femininas do tênis de mesa. Foi a primeira atleta latino-americana a vencer o desafio de cadetes, em 2015, em uma competição disputada no Egito e, em 2015, na República Checa, Bruna também foi a primeira brasileira a ganhar um circuito ITTF na Europa.

LUIZA FIORESE — VÔLEI SENTADO

Aos 15 anos de idade, Luiza Fiorese teve uma osteossarcoma no fêmur no esquerdo. Por isso, precisou implantar uma endoprótese para substituir os ossos da perna. Na época, a atleta que praticava handebol, precisou parar a sua carreira por causa do tratamento médico.


Uma das jogadoras da Seleção Brasileira de vôlei sentado viu a história de Luiza em um programa de televisão. Em 2018, e decidiu entrar em contato com ela pelas redes sociais. Foi quando ela tomou a decisão de aceitar o convite para conhecer a modalidade. Logo após ter passado por duas cirurgias, em março daquele ano. Não demorou muito para que o técnico da Seleção Feminina a chamasse para integrar a equipe. Hoje, Luiza tem grandes chances de ir para jogos Olímpicos de Tóquio 2020. 

RAYSSA LEAL — SKATE

Foi em um vídeo que viralizou na internet, em 2015, de Rayssa Leal fazendo um heelflip — manobra de skate — aos 7 anos de idade e vestida de fada, que ela acabou ganhando visibilidade mundial pela primeira vez.


Mas o fato é que Rayssa, agora aos 12 anos, já é considerada como uma das melhores skatistas do mundo. Superando nomes como Pâmela Rosa e Letícia Bufoni. Conhecida como a “Fadinha” do skate, Rayssa Leal é uma dos principais nomes que ajuda a trazer visibilidade para as mulheres no esporte atualmente. O conto de fadas se tornou realidade e ela é uma das candidatas à medalha nas Olimpíadas de Tóquio 2020, na modalidade de skate.



Fonteshttps://mrvnoesporte.com.br/conheca-as-principais-mulheres-no-esporte-brasileiro/
https://sportbuzz.uol.com.br/noticias/outros-esportes/atletas-que-mudaram-historia-do-esporte-do-brasil.phtml